Monday, February 02, 2009

Como conheci o Mais Pequeno

Bem, foi essencialmente devido á minha frequência regular no extinto café-bar Dakar em Massamá Norte. Ia lá com alguns amigos, o Valter, o Dudu, o Calmeirão e havia um grupo engraçado de pessoal que parava lá muito, no qual ele estava inserido. O Valter, como sempre, andava á procura de juntar o prazer e o cash e então começou a trabalhar lá por uns tempos e assim ele começou a travar conhecimento com praticamente toda a gente que lá parava assiduamente. Um deles foi o Mais Pequeno. Não sei porquê, ele começou também a trabalhar lá no café (aliás sei, mas revelar isso já me podia envolver em quezílias jurídicas) e os laços de amizade entre grupos começarem-se a estreitar. Eu mantinha-me sempre de pé atrás, porque isto de dar confianças a gajos que não conheço desde o infantário, demora o seu tempo. Sentava-me na mesa meio indiferente, falava em monossilábicos (ya, pô, hum) e ria-me quando achava apropriado. Mas comecei a achar potencial a esse grupo estranho e perguntando ao Dudu o que ele achava, ele respondeu: Epá são fixes e tal, vê lá tu o Gavazi isto, o Miguel aquilo, o Bruno não sei quê.... Orait pensei, tudo nos conformes. Então uma bela noite, entrei sozinho no Dakar. Estava deserto, porque eu tinha a mania de jantar cedo e pôr me logo na alheta, o que fazia que eu apanhasse secas de uma hora á espera de gente conhecida. Ora, deviam ser 20he30m quando entrei no café e sentei-me ao balcão. Pedi um café ao Nuno (profissão: filho) e bebi-o em silêncio. Oiço-o dizer: Porra né que tá esssse puto? Eu olho para ele. Ele continua, porra tou atrasado e blá-blá-blá (tradução: tou a ressacar forte e feio). Senti que devia fazer algo para o ajudar a esquecer as dores e peço um JB 15 anos com 3 pedras de gelo. Ele, distraído com a falta de alcalóides, dá-me um copaço monstro. Eu penso, fdx espero que não me cobres meia-garrafa... Entretanto, o puto chega. Cabelo comprido, uma ligeirissima penugem facial na zona do bigode e pêra, calças de ganga á Jay-Z, Botas Timberland amarelas, cachecol com padrão escocês e um casaco/colete da Timberland também. Azul, se a memória não me falha. Assim que ele entra, o N. sai disparado, nem ai nem ui. Eu dou um golo no balde e saco de 1 pintor pá máquina de flippers do No Fear. Xi, essa máquina... Bem adiante, meto a chapa e o puto, tirando o cachecol, vira-se e diz: Ehhh, tamém vou entrar... Agora, aquilo do No Fear, duas chapas equivalem a três créditos, por isso achei um bom negócio, mas a presunção do “Vou”, fez tilintar a sirene de alerta campeones-na-área. Mas tudo bem. Enquanto eu jogava, ele atarefava-se com afazeres próprios de barman (bicas grátis, golinhos nas garrafas não-marcadas). Quando eu perdia dizia, és tu e lá vinha ele de ladex, dar chapadas no contraplacado. E trocámos impressões sobre as melhores tácticas para intrujar no jogo, vai-se ali ákela rampa bué vezes para a extra, ali é o lock, agora é rampas pó jackpot, cuidado com o tilt e prontos, o gelo tava quebrado, o resto é história. Nada a reclamar, desculpa lá a cena de Santa Cruz e obrigado pela boleia ao aeroporto.

2 comments:

Consigliere said...

Eu era um barman muita espetacular pa! Olha e sabes uma cena...eu pensava que tu eras da bófia pah! Aquele casaquinho de cabedal preto e a barba de 3 dias...ui manfias! O cabelo já se foi mas este penugem é que não há forma de isto desenvolver...ABRACES! "we are family!"

Tagaxinho said...

Atao nao eras? Eras eras. LOL bofia... Foi carreira que me passou ao lado... Baibi Faice...