Thursday, July 31, 2008

Sem comentários...

No meu local de trabalho foi recentemente admitido um cozinheiro chefe... É uma mulher de nacionalidade sul-africana. E chama-se Minete! Vá, Minette (o duplo t é uma liberdade literária da minha autoria), nao quero acreditar que o nome é mesmo MINETE!!!

Acho que é melhor arranjar-se um nick name para ela...

Numa Pele Alheia...

- Esse Diogo é aquele teu amigo preto, não é? – pergunta-me o Marco Paulo em resposta á minha resposta da pergunta dele de porquê não querer nunca mais meter substâncias alucinógenas na carola... Eu baloiço vagarosamente a cabeça, em sinal de concordância, indeciso porém, se a palavra ‘preto’ ter sido proferida em tom pejorativo ou apenas ser uma constatação de um facto. Parece-me a porta numero um... Mas num sentido lato e não como uma afronta directa ao indivíduo em questão, mais num estilo ‘não-gosto-de-pretos-mas- não-tenho-nada-contra-esse-gajo’, por isso caguei para os preconceitos do subconsciente deste cabrão... Nem me diz nada... É só mais um tipo que me conhece e sabe o meu nome... Eu só sei que ele tem dois amores e uma cabeleira bem estilosa... E por isso não me vou dar ao trabalho de lhe explicar que o Diogo teve uma ideia brilhante, quando, num belo dia, e sob forte influência de ácidos: entra na casa do vizinho no 10° andar e ao ser apanhado com a mão na massa, tenta fugir Homem Aranha style... Aparentemente não resultou...

Há duas Tuborgs atrás, quando ainda estava com uma pedra industrial monstra, não consegui fazer mais nada que não fosse rir-me á parva quando o Russo me relatava a ocorrência: Atão parece que o gajo se matou, ó caralho!!! Não sabias???
Eu não sabia era se me havia de rir da ideia do Fanã se ter suicidado ou se do facto de ter ido roubar a casa do vizinho... Ele continua: Ya, o gajo entrou lá e depois foi apanhado e amandou-se ó caralho!!!
Hahahahaha... Isso faz muito sentido...NOT! Possivelmente o que aconteceu foi que se tu juntares certos ingredientes na cabeça de um gajo, só pode dar merda, senão vejamos: cabeção cheinho de LSD e Branca ( o que lhe conferia superpoderes como a invencibilidade e capacidade de voo)? Check! Real necessidade de uns trocos? Más companhias? Ausência de um grilinho que lhe dissesse, olha lá ó palhaço, achas que faz sentido roubar o teu vizinho? Hum? Fazeres merda ao pé de casa? E ainda por cima a tripar? Check! Check! Check!

Mas nesta altura do campeonato eu estava com mais atenção á musica que passava no Straight-Up, um bar de rockabilies em Massamá Norte: We care a lot dos Faith no More... uma batida só batida pelo We will rock you dos Queen. Sem hipótese. Só um Alto Som consegue apagar o facto que os Queen tinham um vocalista acabadinho de sair de um clip dos Village People e os projecta para o Panteão de Deuses do Rock’n Roll. Um Som do tipo World Class. E a seguir vai passar o One dos Metallica, Even flow dos Pearl Jam, Black hole sun dos Soudgarden, Smells like teen spirit dos Nirvana, depois umas baladas de James, White Snake e U2 para depois endurecer novamente com Megadeth, Pantera e Rage Against The Machine. Repertório maningue nice, mas com uma moca diabólica de barts e duffys não caía lá muito bem... Mais a noticia do Fanã. Mais uns whiskies. E umas cervejas. Tudo junto sufocava-me, por isso resolvi apanhar um ar fresco... Talvez fumar uma... Levanto-me e saio. Amanhã vão me dizer que sai a cambalear e a dar chapadas nos costacios de bacanos que ainda não conhecia. Sento-me nuns degraus ao pé de um gajo que me parece uma espécie de vampiro anão tripalhoco. - Tás mesmo aí? – pergunto. – Trim, trim, as nuvens pastam... – responde. - Tu não existes mano, baza daqui caralho! – replico, esfregando a cara. Ele faz que não me ouve e vomita, fazendo pontaria para os meus nike cinzento-claros. – Epá atão daí um filtro! – digo, agora convencido da sua densidade. Outra figura aproxima-se, subindo as escadas e estanca a uns respeitosos 5 centímetros de mim. Só lhe vejo as pernas. São peludas. Do tipo urso pardo. Aparentemente estou a bloquear-lhe a passagem e sinto um contacto na minha perna e oiço palavras agressivas lançadas em direcção do vampiro anão do tipo: Posso passar faixavor? Digo-lhe: Tens ai mortalhas? Ou isso? Ele não responde. Ao meu lado está também um careca mexicano nu e completamente tatuado que me pisca o olho, sussurrando-me: Mi corazon... Mi querido... Ti quiero... ; mas ele não tem olhos... No seu lugar tem uns negros abafadores luzidios... Tento ignora-lo, mas instintivamente, informo: Quem está aqui na verdade, não sou eu... eu tou em Lourenço Marques a comer camarões tigre e a beber laurentinas e bem... Vocês sabem como é, agradecia que...
Aparece em cena o Russo, interropendo a minha divagação, e facilita um valente sopapo á figura com pernas peludas. Em seguida senta-se em cima do vampiro anão, tira-me o xito da mão e começa a fazer A Minha Ganza, cantarolando outra musica dos Faith no More – Di cheter on da men! No! Di cheter! No! No! Di cheter on da men! No! Di cheter... Bat idoseee! Ele fuma a Minha Ganza soprando o fumo directamente para a minha cara...Oiço risos... O meu cérebro comanda os meus lábios a articularem a frase ‘roda lá isso’ mas eles não obedecem... Então ele dá ordem á mão direita para alcançar o charro, mas ela diz que não lhe apetece. Sinto que estou num corpo que não me pertence. Os movimentos não fluem naturalmente... Sinto todo o meu Ser encoberto por uma camada de gordura com uma espessura de 20 centímetros... Como um esquimó que estranha o Anorak. O mexicano fala com o Russo amigavelmente e eu fico na expectativa que lhe esteja a relatar o meu pensamento... Oxalá... O Russo atira a beata para longe. Eu fico a olhar para ela a girar no pavimento e a ser atropelada por um fiat punto branco... Cabriolet... Depois vejo um gafanhoto gigante com uma pessoa na garoupa, reconhecendo-o imediatamente, mas sem saber de onde... Já sei! Ontem á noite numa rave. Na Ericeira, ya! É o Chiquinho... Ele apanha a beata, dá um bafo, olha para mim e acena a pata direita. Instintivamente retribuo o gesto, tentando sorrir, mas fracasso pateticamente... Queria falar com ele. Talvez até fumar uma com ele, qual cachimbo da paz, para me redimir dos maus tratos que infligi a centenas de irmãozinhos seus na infância...

Chorei. Os meus olhos choravam... Uma mão com a palma virada para cima surge no meu campo de visão, mas esta mão em particular, brilha... Tem 2 anéis em cada dedo e no seu centro vislumbro uns cristais amarelos que tremeluzem... Parecem grãos de açúcar mascavado, mas gigantescos... Como suponho serem doces, escolho O Maior e ponho-o na boca, mas é amargo e por isso engulo-o rapidamente. Não era um do-ceeeeeee...
aromanaabanaabananaeesganaaratazanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
amicaelaflagelaamoelaeenfarpelaaberingelaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ósenhordesfrutedochucrutediziaarutheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Para tirar o gosto da boca, decido ir beber uma cerveja ao bar e levanto-me, mas a entrada do mesmo está barrada por dois gorilas vestidos á Dick Tracy que me perguntam algo... Eu ignoro-os, pensando que assim não me iriam comer. Está tudo enevoado, por isso tento chegar ao balcão do bar de olhos fechados, o que consigo, mas não facilmente. Peço uma cerveja, mas mudo de ideias quando ma trazem, pedindo antes um caixão á cova. A empregada diz que não sabe o que é isso, ao que respondo 1/3 de absinto, 1/3 de sumo de ananás e 1/3 de chantily no maior copo que tiver... Ela que ponha o que quiser no restante décimo. Surpreende-me, Vá... Passados 15 minutos a bebida aparece e apesar de já não me apetecer, bebo-a por consideração profissional. Fecho um olho, procurando caras familiares, mas só encontro vampiros, palhaços, anjos... o batmam e o zorro dançam ao som do Losing My Religion dos REM, um grupo de ciganitos saltita com os braços no ar e o Russo, apesar de ter uma faca espetada na cabeça, está encostado a uma coluna a falar na descontra com uma gaja bem boa... Olho com mais atenção e confirmo que a gaja é nota 10, mas tem um ar muito másculo... Dirijo-me a eles, brindo com o Russo a qualquer coisa e dou um apalpão na gaja. Tem um ganda grelo. Mas mesmo Grande. Ela dá-me um chapadão nos costacios e risse, dizendo: - Fodasse Lucy, tás todo fodido heim?
A voz da gaja assusta-me um bocado e recuo, tentando ampliar o rosto da babe com mais zoom... É mesmo feinha, mas tem força, a cabra... Deve gostar á bruta... Ela estende o braço peludo na minha direcção, segurando uma caixinha amarela... Hum... É um celular e por isso vou tentar trocar umas ideias com ele... Pergunto-lhe: A tua vida tem significado? Ele responde: Lucy,Lucy, coméquémeucabrãodocaralhotázaonde eeeeeeeee jghdughuerhurugheruhhheeuiw!!! Eu respondo: Não foi isso que perguntei, fodasse...

Cansado de tanto lufa-lufa á minha volta, sento-me um pouco a fumar um cigarro muito estranho.. É verde e não tem filtro. Sabe mal. Dirijo-me á casa de banho pronto a cuspir a qualquer instante.. Entro de repente no cubículo onde a pocahontas lambe o anûs do charlot e regurgito perante tal cenário... A minha Alma tenta escapar, enojada com os pedacinhos de cenoura e de ervilha e de batata envoltos num creme verde e pastoso que jorram da minha boca... Eu deixo-a ir, mas ela arrepende-se, afinal... Psicologia barata funciona, sem dúvida... Limpo a boca na manga do meu casaco e mijo. Quando saio, a pocahontas está a enrabar o charlot e estrangula-o com uma fita negra de um tecido rugoso. Eu tento passar despercebido e vou lavar as mãos. Lavo a cabeça também. O famoso mini-duche... No lavatório, a água está turva e as minhas mãos estão peganhentas de vermelho e de branco e de preto... Olho para o espelho e nele está um palhaço careca. Tem a cabeça completamente branca, enormes olhos negros e um sorriso vermelho sangue a rasgar-lhe a cara. Olho para trás. Não está ninguém. Levo as mãos em direcção ao espelho e vejo o palhaço a fazer o mesmo na minha direcção. - Quem és tu mano? – pergunto, sobressaltado.
- Sou o Joker. Venho de Gotham City. Viste o Batmam? Se apanho aquele cabrão, fodo-o todo caralho! – responde ele de olhos esbugalhados e com uma pronuncia americana muito forçada.
– Err.. Por acaso até vi, mas mano? Já levavas na peidola, orait? Essas cenas do Bem e do Mal, hã? Já chateia, caralho! – cuspo-lhe na cara e saio novamente em direcção das nuvens e das plumas e das rendas e das cabeleiras... Não consigo pensar em fazer outra coisa que não seja dirigir-me ao bar e pedir outro caixão á cova. A Barwoman dá-me um valente palmadão no ombro e pisca-me o olho para em seguida ir tratar do meu negócio. Outra gaja feia comó caralho, parece uma daquelas putas ranhosas que param nos cais de desembarque de mercadorias provenientes de outros continentes e que acabou de ser violentada por um grupo de polacos que não se vinham há mais de 3 meses, e, numa de judiação, vieram-se sincronizadamente para cima dela, cobrindo-a para toda a eternidade com uma película de meita de tonalidades amareladas. Quinze minutos depois traz-me a bebida e dá-me um cartão cheio de cruzinhas, o que me parece um acto de boa fé e por isso, aceito-o e agradeço profundamente. Cravo um cigarro a um troll e ele grunhe que não fuma. Então faço o mesmo pedido a uma coelha gigante mamalhuda que me cede amavelmente um ventil, roçando nos meus genitais, a cenoura que lhe pendia na boca... Deve ser uma cena de coelho, penso... Ela começa a jiboiar á minha volta num ritual que passado duas horas vim a saber que era de origem indiana, abanando o pompom do rabo na minha virilha como se fosse um espanador a puxar lustro a um castiçal murcho e indiferente. Sorri e diz para eu não me preocupar porque o Roger foi ao Casal comprar pó. Respondo que não estou preocupado e que já conheço muita gente... Os dentes dela assustam-me, imagino-a a trincar a minha salsicha com aquelas dentuças da maneira que o Bugs Bunny devora as suas cenouras... Não me parece... Vou acabar a minha bebida sentado num puff distante de todos, reparando na mudança de musica. Agora é mais tropical, mais caliente, mais samba, e tudo, mas tudo mesmo, é surreal: teias de aranha e caveiras e luzes bruxuleantes com o soundtrack do Carnaval do Rio??? Não me parece, não me convidem, não quero saber... Neste momento não quero saber de nada, não quero saber dos 3 porquinhos a dançarem com o lobo mau, não quero saber dos zulus de pele branca a beberem vodka com o lucky luke, não quero saber dos monges budistas a apalparem o capuchinho vermelho... Recuso-me a acreditar no que vejo. E principalmente sinto indiferença. E tédio. E ausência de fé... Deus não existe. Nem teve filhos. Já o Vi, mas recusei-me a Acreditar. Ele disse-me que não era a minha Hora. Disse-me para eu ir para o Escuro. Para o Espinhoso e Obrigatório Escuro... Eu respondi-lhe que se fosse foder e que me deixasse estar sossegado no quentinho com as minhas Quarenta Porcas. Ele sorriu. Simplesmente sorriu... E desde então passei a acreditar na Droga...

Tuesday, July 29, 2008

Relevos...






Um crime passional...


Não me fodam o gato, caralho!!!

Pitbull sai a custo zero...


Não consigo entender... Um dos melhores jogadores do Slb da ultima década sai... e por ZERO cash money... E para o Colónia que subiu esta época á primeira divisao do campeonato alemão... Não tenho comentários para tamanhas parvoices...

Monday, July 28, 2008

Não te curto...


Porque és uma Sonsa... Vestes Dolce & Gabbana, chegas ao set e pensas que Massimo Dutti é roupa de trabalho... Bates-te que curtes ajudar no programa e tal, e quando não te vemos a fazê-lo, usas os teus subordinados como bode expiatório, dizendo que 'Já vos disse que quando é para pintar rodapés, têem de me chamar!!!' , com uma vozinha capaz de pôr o Dalai Lama a arrancar os próprios tímpanos com as pinças vaginais da Cicciolina só pa não te gramar...

Resumindo: Tens a mania que és Especial!

Conselho: Mete os dedos no cu a ver se tem mel!

O filme do fim de semana


Gone in 60 seconds...

Friday, July 25, 2008

Encontrarás a Resposta na Música, Christy...

Should I Stay or Should I Go? - The Clash

Oh yeeeeeaaaaah

Wooh!

Darling you got to let me know
Should I stay or should I go?
If you say that you are mine
I’ll be here ’til the end of time
So you got to let me know

Should I stay or should I go?
Always tease tease tease
You’re happy when I’m on my knees
One day is fine, next day is black
So if you want me off your back
Well come on and let me know
Should I stay or should I go?

Should I stay or should I go now?
Should I stay or should I go now?
If I go there will be trouble
An’ if I stay it will be double
So come on and let me know!

Thursday, July 24, 2008

Será que dá flor???


Ina o Hulk...agora é que vai ser...


Diz que parte a loiça toda... Tenham Medo... Muito Medo....

Wednesday, July 23, 2008

Barro na Parede...

Sinto-me a deslizar... Uma brisa gelada massaja-me o corpo nu e para onde olhe só vejo puzzles gigantes... Estou a voar... Olho para baixo e começo a descortinar formas geométricas estranhíssimas em tons de castanho, verde e cinzento... Estou a voar... A minha pele está enregelada e por isso tento subir, subir, subir... Sinto-me atraído pela luz e pelo calor e pelo silêncio e pelo vazio... Subo mais, mais ainda e está tudo calmo e silencioso e em paz e estou tão quente e tão protegido e tão amado... E de repente a harmonia estagna. Pára. Pára tudo. Oiço um barulho surdo, um trovão, um tremor de terra e sinto-me a esvair, algo me puxa, algo me suga e... Acordo? Acordo assustado, não sei onde estou, levanto-me está escuro estou atordoado baralhado acelerado e ai começa a dor... uma dor insuportável na cabeça, um mistura alternativa do ribombar de ferro com ferro e o som dos derradeiros segundos de um mosquito pré-histórico... Raciocino... Estou em casa e este barulho... Este barulho vem da janela, abro os estores, está lá alguém, não reconheço a figura porque tenho a visão baforada, está-se a rir, grita para mim: Então maluco? - Fodasse... é o filha da puta do Kanina, o Kid Karoxo em pessoa... Entra, digo... ou se calhar só pensei que disse e dirijo-me á entrada, carrego no botão do intercomunicador e entreabro a porta de casa. Vou á casa de banho e lavo primeiro a cara e depois meto a máquina zero dentro do lavatório, sentindo cada goticula a trazer-me de volta. E mijo. Já estou em estado de consciencialização, sei quem sou e porque estou todo fodido... Dóiem-me todas as articulações do corpo e todos os músculos e todos os nervos sem excepção... Saio da casa de banho e cumprimento o Kanina com um aceno de cabeça imperceptível ao comum mortal e ao sentar-me no sofá reparo que como no sonho, estou nu e tenho frio. – Então maluco? Estás todo fodido, não é? É o que dá meninos a armarem-se em homens, não é? – cantarola o cabrão...
Ponho as mãos na cabeça e começo-me a lembrar de acontecimentos recentes, álcool, cigarros, drogas várias, provo o paladar do dejá-vu no céu da boca e sinto-me enojado.
– Queres cuspir, não é? Hum? Isso é que ia bem agora, não é? Ficavas limpinho, não é? Meu cabrão do caralho...- diz ele, admirando o meu mal estar...
Detesto vomitar, é a coisa mais merdosa do mundo, tenho MEDO do grego, parece que vou morrer, é uma sensação de sufoco, nojo e desconhecido sempre que vomito...
– Atão imagina lá agora uma cervejinha bem fresquinha e tu a bebê-la toda de penalty, hã? Uiiii, ka bom que era agora, hã? – diz ele levando á boca um copo imaginário e esfregando a barriga de satisfação.
- Cala-te caralho, não tou bem fodasse! – digo eu reconhecendo a velha salivação a começar a actuar, mas tento-me controlar, sento-me direito no sofá e respiro fundo....
- Uiii, mas bom bom bom mesmo era agora um copinho cheio de baileys com pisang ambom e anis, tudo misturadinho com chantily, isso é que era do baril! – diz ele aproximando-se de mim, unindo o dedo indicador com o do fuckoff, fazendo-os estalar repetidas vezes em sinal de deleite...
– Epá ó Ricardo tá calado só 10 minutos caralho! Vai-me é buscar um balde faixavor – murmuro eu, em tom suplicante e pensando que ao utilizar o seu nome verdadeiro, ele perceberia a gravidade da situação.
- JÁ SEI! Memo memo bom era um copinho de leite acabadinho de sair da teta duma cabra, quentinho e cheio da natas e a cheirar a merda e tu a beberes tudo e as natas a escorrem-te da boca e do nariz...
Agora foi no alvo... a minha kryptonite, a merda do leite... fodasse! Primeiro sinto pequenas e quase imperceptíveis contracções no corpo quando ele diz ‘leite’ e depois heis que vem uma onda de nojo subindo pelo esófago e ai sai-me um vómito tão poderoso e repentino que só o canal bocal era estreito para tamanho tsunami... simultaneamente a isso, o grego perfura-me as narinas e fodasse, este é dos grossos memo...
– Ina kum caralhoooo!!! – grita o kanina. - Parece akela gaja dakele filme man!!! BUÁH, BUÁH, BUÁHHHHHHHH – incentiva o cabrão.
Respiro durante 3 segundos vacilantes para uma segunda de mão... Desta vez sai só pela boca mas tem a mesma duração... Respiro agora por mais tempo e tento segurar O Terceiro Grego... O terceiro é sempre inesperado e certinho ao mesmo tempo. Parece sempre que tá tudo controlado quando... Sai o peido mestre, um bolsar insignificante, só naquela como se o teu corpo quisesse confirmar que não tens mais nada de nocivo para expelir... Check? Check!
- Hã caralho, não tás melhor?- pergunta ele.
- Ya, tou melhor, tou, só preciso de me deitar aqui um bocadinho...
- Nã, Nã, vais masé tomar banho que eu limpo esta merda, vai lá! – diz ele...
No fundo é um gajo bacano, já teve o seu espectáculo e agora tá na hora de arrumar a tenda e bazar. Tomo um banho demorado e escaldante e no fim giro o manipulo até ficar na posição água-super-hiper-master-fria-comó-caralho só nakela do choque térmico. Brincadeiras... Visto-me e quando vamos a sair reparo que a sala está verdadeiramente limpa, sem saber que o que este cabrão fez foi tapar o grego com a ponta do tapete, e até penso em dizer alguma coisa em agradecimento, mas não o faço para não me arrepender.
- Preciso de comer alguma coisa!- informo ao capitão para que ele inclua na sua rota um estabelecimento respeitável para se ingerir algo sólido.
– Ya, já tinha combinado com o Chapas naquele café em frente ao shopping ‘sás? Nas arcadas ao pé da estacão? – questiona ele para ver se é do meu agrado a escolha do chefe.
Sei bem qual é e sei bem qual é a sua real intenção... Tem brazucas boas comó caralho a servir ás mesas... Que se foda, tem também uns jesuítas do demo que eu vou mamar memo á baby e como lubrificante vai ser um ice tea... Toda a gente sabe que a seguir ao grego, uma infusão artificial de folhas é o melhor que pode passar nas goelas dum gajo... Ele diz para irmos de carro mas eu tou com vontade de andar, preciso de respirar um pouco deste oxigénio ferrado e o café não é assim tão longe, digo: Dez minutos tamos lá caralho! Ele resmunga um pouco mas segue-me de perto e acende um cigarro e eu penso em seguir o exemplo, mas decido-me a fazê-lo depois de comer o tal do jesuíta. Não sei que horas são, o sol já vai bem alto e infelizmente não andei nos escutas por isso pergunto: kórasxão? Ele responde: horas de rebentar um cão, passando-me o que eu pensava ser um lucky strike. Fodasse agora não caralho, depois de comer fodasse! - Digo eu meio a rir com o descaramento do bicho... - Me-ni-no, me-ni-no... Aí os andamentos são fodidos, não é? Não te aguentas á bomboca? Ah pois é... só pah duros, não é? – diz ele, sugando com uma moral, que rebenta 1/3 do canhangulo, travando em seguida ruidosamente...Sssssssssssss.... Menino do caralho... - diz ele, segurando o fumo e esganiçando a voz. Expira. - Fodasse vai-te abrir o apetite, meu menino, anda lá, chucha lá aqui no biberão, Lucifer! – Insiste o cabrão... E eu instigado pelo meu Nome da Guerra e por estar farto de o ouvir lá dou uns tirinhos tímidos e volto-lhe a passar a sardinha. Ah bom tava a ver que tínhamos aqui meninos, hã? Mas vê lá, não fumes tanto que o Senhor Jesus castiga, hã? – goza o cabrão com o facto de eu quase não ter feito estragos no bacamarte...
– Cala-te e fuma lá essa merda, tamos a chegar caralho! Olha eu vou entrar, tásóbir? - digo eu esfomeado...
- Ya, ya, já vou meu menino, pede lá uma super pa mim que o pai já vai... Assim que entro, a banda começa a tocar outra sinfonia... BOLOS, BOLOS, BOLINHOS... Começo a cobiçá-los gulosamente, croissants, bolas de berlim, jesuítas, delicias, palmieres, pasteis de nata... Vou manter a minha opção inicial e sentando-me ao fundo do café, faço sinal á brazuca para que me venha atender... anda cá que eu não t’aleijo...
- Oi posso ájudá?- pergunta ela, a mascar uma pastilha verde-alface e limpando a mesa de maneira a que eu tenha uma boa vista das suas montanhas mamarias, vulgo monténéss... Ela ajeita o uniforme, alisando-o com as mãos e fica algo embaraçada quando me vê a contemplar os seus fartos seios. Disfarço o olhar, fingindo estar a olhar para o seu nome bordado na sua camisa branca de algodão. ‘Rejane’ em maiúsculas, mas não tenho a certeza...
- Sim Rejane olha lá, queria um ice tea de pêssego, um palmiere simples e um jesuíta... e uma superbock faixavor. Ela sorri e vai tratar do meu pedido, enquanto eu vislumbro o seu back-side... Cuequinha metida no rêgo á porca, tribal no fundo das costas, pulseira de ouro no tornozelo esquerdo e sapatinho aberto raso. Mistura de pechenga do cacém com tia de cascais. Nisto, entram os olhos esbugalhados do halfgremlin na cena, tentando ajustar o seu foco espelhado para me localizar e quando o faz, a sua cara empalidece e os seus lábios torcidos cospem: Né que tá a jola caralho, não pediste?
– Calma campeão, já tá a vir, olha. – digo, sinalizando com o olhar, o porta aviões tropical que transporta o nosso pedido.
– Aqui istá... – diz a grossa posicionando automaticamente a bejeca á frente do kanina.
– Brigado xuxu... olha lá... hã... Gostas de samba e isso? Salsa? E esse tipo de cenas? – pergunto eu atirando um barro monstruoso á parede a ver se cola.
– Oi? – ela finge que não entende para disfarçar o seu desconforto mais-que-evidente e para ganhar tempo para melhor avaliar a shituation... Eu repito. Bem devagar. Ela diz: Aí, é claro né! Como não! - Ao que eu respondo timidamente: Então havemos de ir aí a um bar logo á noite e tal, tem lá uma festa tropical tás a ver... tipo samba e isso, talvez musica africana também...
Os segundos que ela demora a articular uma resposta fazem-me sentir como se eu fosse um jogador do Real de Massamá a entrar em pleno Camp Nou num estado de sobrelotacão.
- Pódi até sê...- diz ela a sorrir, mas ao sair do café na posse do seu numero de telefone, não deixo de notar no sentido-aranha a actuar, que é interrompido bruscamente pelo kanina: Hã maluco? Aquilo comia-se bem não era?
– Ya... – respondo pouco convicto enquanto empurro a dupla porta á lá wildwest do salão de jogos da estacão, onde decerto se encontra o chapas, visto ser o seu local predilecto das manhãs perdidas...
- Epá mas hoje tinha aí um programa mais alternativo, tás a ver? Com o Chapas... E o Puto e o Russo também... e o Fana diz que aparece á noite e tudo... Em resposta, os meus olhos dizem-lhe que paxaxa é paxaxa e ele encolhe os ombros em concordância... Descobrimos o chapas na máquina mais viciante de todos os tempos: Super Pang (Dizer muito rápido e com sotaque francês) e aproximando-nos sorrateiramente. A três metros do chapas, o kanina começa a dar balanço ao braço direito e com a mão respectiva, dá-lhe um palmadão descomunal nos costacios, gritando: Tão maluco? Que ias ter com a malta e o caralho... O chapas depois de perder um bonequinho azul, tira os fones e olhando para o relógio dos transformers, diz: Eh-eh-eh pah, tava aqui no pang i-i-i-i então...
- FODASSE e chegas ao boss ao menos caralho! – grita ainda mais alto o kanina na brincadeira só para o deixar num nível de embaraço aceitável.
– Na-na-na-não tem boss caralho. Che-che-che-chego ao fim ás vezes... – diz ele todo cagão.
Olho em redor, reconhecendo algumas personagens... O dono desta merda tá lá no seu cubículo gradeado a contar trocos, uma figura vagamente conhecida joga no virtual soccer e fuma ao mesmo tempo e meia dúzia de putos estão de volta do sega rally... Nada de especial... Fico a olhar pákela merda das bolinhas enquanto o kanina vai á casa de banho e aproveito para checar o fone esquerdo do player 1... Ouço uma cena tipo martelos que costuma ser usada nos soundtracks de filmes manga... O cantor diz magic people, voodu people... Ok, muito robótico para mim de momento... O kanina volta da casa de banho, passando pela gaiola dos trocos, aos pulinhos e deslizando de joelhos uns bons metros antes de nos alcançar... o dono olha com aquela cara de dono e reminiscências do tempo em que ele ficava á entrada a pedir BI’s assaltam-me a mente... Nesses tempos as máquinas tinham outro sabor, eram Temperadas pela Proibição e pela Culpa e bem Embrulhadinhas no Molho Espesso e Inebriante da Novidade... Agora, passados alguns anos, essas mesmas máquinas tornaram-se pouco mais do que insípidas... É o tal do Fruto Proibido que tanto ouvimos falar e não compreendemos até ele se tornar Rotina... Ok, mas anyway, depois de eu dar 3 secos á Alemanha com a Arábia Saudita e o seu 3-4-3 para em seguida perder a final com o Brasil nos penalties, tentamos desgrudar o Chapas do Pang com a promessa de vários duelos lendários de Tekken na casa do Kanina, o que conseguimos a muito custo... Talvez outro aspecto preponderante á sua decisão tenha sido o aroma açucarado da Musga... Talvez.. Então, em total sintonia, descemos a ladeira da estacão de comboios que divide os Reinos da Nova Massamá e a Velha Barcarena e disparamos direitinhos ao Cubículo do Chulé, vulgo arrecadação do Kanina, resignados com o facto que hoje e só hoje, será como todos os outros dias...

Tuesday, July 22, 2008

João Vieira Pinto


Acabou a carreira do Menino de Ouro... O melhor jogador que tive o privilégio de ver jogar no SLB! Nunca mais me hei-de esquecer dos 6-3, que assisti num bar com alguns lagartos ferrenhos... o jogo comecou bem para eles e por isso, eles pulavam e gritavam e fingiam esmagar a águia como quem apaga uma beata... Depois do que o JVP fez, especialmente ao Grande Paneleiro Paulo Sousa, eu sorri docemente... Como quem sorri de uma travessura... e disse de mim para mim: Epá ó João isso faz-se?

E se fosses levar na bilha hã?

Rodríguez e o F.C. Porto: «Aqui joga-se sempre para ser campeão»

Monday, July 21, 2008

O Mitch



A reter que as orelhas do Mitch estão recolhidas não por causa do frio que tem assolado Maputo, mas sim porque alguém mais entendido na matéria que eu, resolveu tirar os espelhos das mesmas, achando assim e certamente por questões aerodinamicas, que a performance do bólide seria altamente beneficiada... Eu também acho... Um forte abraço ao cavalheiro respectivo!

De referir também que o ângulo escolhido para a fotografia não é inocente... serve para escamotear o facto de o Mitch ter algumas dificuldades em fazer sinalização de mudanca de direcção para o lado esquerdo, visto que, quiçá o mesmo distinto cavalheiro decidiu após longas horas de planificação, remover o pack completo do farolim esquerdo numa brava tentativa de reequilibrar o rácio dos eixos longitudinais. Novamente, um muito obrigado pela consideração.

Outros factos interessantes:

- 2 dias depois da compra do Mitch, o leitor ORIGINAL de CDs deixou de conseguir ler os mesmos e parecendo que não isso é importante para um leitor de CDs.
- 15 dias depois da compra do Mitch, a antena do rádio também resolveu pifar.

Será uma mensagem do ALÉM a criticar a minha selecção musical?

Saturday, July 19, 2008

10 mortos em operações policiais em favelas do Rio de Janeiro


Pará-pá-pá-pá-pá-pá-klaki-bum!

Highlights desta noticia:

- Além de drogas, foram apreendidos três fuzis (dois Kalashnikov AK-47 de fabricação russa), uma espingarda, três pistolas, grande quantidade de munições e granadas.
- 300 polícias especializados realizaram uma megaoperação em três favelas cariocas no Bairro de Campo Grande.
- Apenas uma pessoa foi presa.

Comentários:

- Fuzis é a minha mais recente palavra favorita.
- 300 policias do BOPE... Trezentos!!! Como no filme! A lutarem contra a opressão estrangeira? Talvez, já que são conhecidos por "Alemão "...
- 1 pessoa presa... BOPE entra na favela pá deixar corpo no chão!

O NOVO CANNIGGIA!!!!


(a sério se eu o visse na rua com um jornal enroladinho na mão era gajo para lhe dar 50 cents e dizer-lhe: isso bem controladinho ok?)

I’m Back!

Estou de volta. A verdade é que deixei de ter vontade de escrever no blog... A razão? Quem sabe... o que interessa é que estou de volta e não, o processo criativo de escrever utilizando um teclado não me fascina, prefiro o velhinho papel e a sempre fiável bic azul escura, mas pronto, a pedido de várias familias ( ok, uma vá!) vou continuar a saga do tagaxinho...

Este post foi só para me obrigar a escrever futuramente, um compromisso de mim para mim. Tenho tempo de sobra para escrever, por isso... porra não me sai nada!

Ok aguardem fotos dos mambos e alguns capitulos dum livro que tou a escrever... ok não é bem um livro...

PS: Porra há mais de um ano k não ponho aqui nada! Vergonhoso...

PS2: Viram a capacidade literária do bicho quando escrevi ‘dum”? Porra é preciso um gajo ser bem criativo... Acho que tou a ficar burrinho...

PS3: É mais pesada do que eu pensei...