Tuesday, February 17, 2009

Cenas viscerais

Outra história curiosa foi aquando o nascimento do meu irmão! Era um bébé lindo!
Em casa, a minha mãe conta-me que viu o Marco, e ele brincalhão chamou-o de cabeçudinho... Eu comecei a hiper-ventilar e a ver tudo com manchas encarnadas... Saio porta fora á procura dele pronto a matá-lo caso o repetisse na minha cara... Agora, o M. fazia dois de mim e facilmente era capaz de me dar uma coça daquelas das antigas... Ainda por cima tínhamos uma história engraçada de como nos tornámos amigos... Ele tinha a mania que era mau e queria-me arrefinfar o trombil só naquela, porque podia... Só que eu conhecia muita gente e alguém lhe disse á boa maneira da mafia dos subúrbios, que eu era intocável, um goodfella, vá. E passado uns tempos ficámos amigos e para dar umas gargalhadas não havia pai para o M.... Só que naquele tempo, principalmente, a minha famiglia mais chegada era sagrada, falas mal levas... E houve alguns brincalhões que ficaram com algumas marcas no corpinho para o provar... E eram todos mais corpulentos que eu, se não fosse o bílis a queimar-me a víscera, nunca na vida tinha o descaramento de distribuir solhas a esses meninos... O que veio provar que nos faites, principalmente entre pessoas conhecidas, o que conta é a moral com que entras no ringue... Bem, mas adiante, encontrei o M. no café a jogar o super pang (no panic mode) e digo-lhe com o corpo a tremer de expectativa, mas com uma voz descontraída – Atão tudo bem? Tu-du, responde. Atão, já viste o meu irmão e tal? Ya pah, vi-o memo á b’cadinho, diz. Nesta altura fecho o punho e sinto o sangue a pulsar-me nas fontes. Atão e tavas a dizer que o meu irmão é cabeçudo? Hã? Ele olha-me de ladex, catando que eu tava todo nervosinho e a espumar da boca. Eu não tava nervoso, tava era todo borrado porque sabia que se ele respondesse afirmamente ia-me sair o diabo da tasmânia, mas também tinha a certeza absoluta, sintética e analítica que só lhe dava a primeira, que depois as vazas eram todas dele e ia ficar todo amassadinho! Ya pute, maxeee tava na bincadeira pah! Fada-se nã se pode bincar ou caralhe! Vê lá, fdx, p’guei-o ao colo e o cabão cagou-se fdx! Bem, dito isto, comecei-me a rir da cena tão á parva que quase chorei! Abracei-o e disse que podia brincar á vontade, que ele tava lá! Ele responde, maxeee, xe quizeres, p’demos á mexma ir lá fora d’pôx d’eu cabar de jogáre... Ui, activou-me logo o sentido-aranha, mas vi que ele tava na reinação... Hum... Ou será que não estava?
O que será feito dele?

5 comments:

Indecisa said...

LOL
ao menos estavas consciente que podias apanha-las! lol
Assim mesmo! Defender os nossos, mesmo que apanhes..
lool

bjinho

Miguel said...

Nesse dia, quer-me parecer a mim, tiveste uma granda sorte.
Isto há dias assim...
hehe

abraco

ue.

Tagaxinho said...

Ind - Era certinho como o destino levar no trombil...

Miguel - HEHEHHE pois tive. Mas um gajo tem que defender o mano mais novo né? Sabes bem. E se levasse dessa vez, podes ter a certeza que a "mafia" encarregava-se de equilibrar a balança... O M. tb teve uma especie de sorte futura! Abraço

Propagander said...

Quem era esse gajo? Eu conhecia?

O Super-Pang sempre teve essa capacidade de te acalmar....

Tagaxinho said...

HAHAHHAA se conhecias??? O Marco pah! Conheces mais algum Marco que viveu no Bairro Coopalme? Xi, o Supé Pang em panic mode nao acalma ninguém, só me stressa... Isso e o SLB a jogar desta maneira.